segunda-feira, 25 de abril de 2011

Relações Livres

Fiquei emocionada hoje vendo o pessoal da Rede Relações Livres - grupo cujo ativismo é meu objeto de pesquisa no mestrado - em reportagem da RBS. Adorei ver Maria falando que quando nossos parceiros têm outro encontro amoroso não ficamos num porão chorando, vamos fazer outra coisa bacana, como sair com amigos. Claro que a RBS faz sua coisinha heteronormativa na matéria - inicia com casais heterossexuais que são a favor da monogamia, a exceção de um machistinha que é a favor da não-monogamia somente para ele e não para suas parceiras; e termina com uma psicóloga, como se opinião de especialistas fosse fundamental para a compreensão de nosso desejo. Em síntese, eu diria que suporta uma relação livre quem tem amor próprio, quem se gosta e quem gosta de ter a si mesmo como companhia. Outros amores não são ameaças, porque sabemos que somos únicos e que cada relação é única. Um amor não ofusca o outro, pelo contrário, só faz reluzir tudo ao redor. Não é fácil ser livre, poli, ou num sei que lá e não é nada fácil ser monogâmico quando se deseja outra pessoa. Então, é quase uma questão de escolher com quais dificuldades se quer lidar e meter as caras. O apoio social está sendo oferecido por pessoas e grupos como o RLI, o PolyPortugal e o Poliamor Brasil - para citar os de língua portuguesa. Procure sua turma e se jogue!