segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Des-porto

A cidade se comporta qual amante que pressente o abandono. Onde era ausência, agora só ternuras. Amigos silenciosos se pronunciam, botecos legais se multiplicam e veja só, faz até calor!
A cidade quer plantar em mim uma saudade e não obstante atinge seu objetivo. Fisga-me no cheiro do parque em dia de chuva, em sua festa literária, no caminhar tranqüilo por suas ruas, nos loucos que conto nos dedos, na música dos meus manos e das minhas minas.
A cidade não me sabe e eu pouco sei dela. Estamos naquele momento crucial, que não permite artifícios. Tempo de "ramilonga", hora de despedida.

Um comentário:

Edson Duarte disse...

Hora da despedida é também hora do encontro de novas paisagens da mente. Que você seja feliz, querida. Beijos. Vivo.