domingo, 12 de abril de 2009

Ninguém sente dissabor

Amor,
eu quero que você morra lentamente.
Não, não, sem gritos!
Gritos são coisa de "mulherzinha". E você é macho, né amor?
Se ocupa de mim entre uma e outra nota, né lindo?
Então, amor, nada de pressa!
Nada de pânico quando eu cortar uma arteriazinha.
Oh, que linda, se esvaindo em sangue!
Morra bem, viu? Morra cheio do meu amor, viu?
Eu já aprendi a apodrecer nas portas.
Por você, lindo!
Drummond? Vixe!
Drummond me ensinou tudo e tudo quanto você nem imagina.
Nada de gastar a palavra amor.
Nada!
Nada!
Nada!
Amor, eu quero que você se foda!

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