sexta-feira, 29 de maio de 2009

Seu David

Saia cedo, chegava de madrugada. Eu dormia no sofá para vê-lo entrar em casa. Acordava-me e a gente se sentava para chupar manga que ele trazia do centro da cidade. Meu pai, fim de semana, pegava um livro de poesia e lia, pausando para saber como eu imaginava aquelas coisas que os poetas falavam, a flor, a correnteza na beira, a loucura de Ismália... E cultivou em mim o gosto pelo delicado.

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