domingo, 20 de fevereiro de 2011

Que vitiligo legal!

Quando cheguei ao Burburinho, no Recife Antigo, a menina me perguntou: "você que é a gatinha vitiligo?" Não, eu não era e nem sabia do que ela falava, até que Grilo, o compositor cantou para mim a música que fez para uma de suas musas. Então fiquei lisongeada com a confusão.

Durante muito tempo pensei no vitiligo como uma doença, até compreendê-lo como uma característica. Como qualquer coisa "diferente" desperta a atenção das pessoas e o desejo de normalização por parte de muitas delas. Quando alguém vinha me dar uma receita para "me curar", eu sucumbia, me irritava e me entristecia. Hoje, simplesmente me recuso a ouvir ou respondo algo que faça a pessoa cair na real. Outro dia uma mulher me perguntou "qual o problema com a pele?" e eu respondi, "com a sua pele não sei, a minha está ótima". Outra me disse que "deus podia me curar" e eu, "se isso fosse verdade ele tinha te curado da sua inconveniência".

Mas, além dessas pessoas nefastas e monocórdicas há outras que se amarram, que se inspiram num corpo multicor, como Grilowsky. Queria que todas as meninas que escondem suas "manchinhas" ouvissem esta singela canção.


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